A Atlântida do Mar do Norte

Um ambicioso projeto de pesquisa arqueológica financiado pela União Européia almeja nos próximos cinco anos revelar um pouco mais de nosso passado pré-histórico. Os cientistas esperam encontrar evidências de atividade humana em uma imensa ilha submersa outrora localizada entre a Inglaterra e a península escandinava. Acredita-se que a chamada “Atlântida do Mar do Norte” desapareceu sob as águas entre 7500 A.C e 5500 A.C. devido ao aumento do nível do mar causado pelo degelo do Ártico. Do fundo do oceano, os arqueologistas planejam coletar indícios de antigos instrumentos feitos de pedra, bem como traços do DNA de animais e plantas utilizados pelos então habitantes. Também está previsto o levantamento, via sonares, da topografia original da ilha e, esperam os mais sonhadores, a descoberta de eventuais estruturas ou monumentos erguidos por essas tribos perdidas.  É esperar pra ver!

Para saber mais a respeito, olha aí o link!

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A Atlântida era na Sardenha?

De uma reportagem do “The Guardian”: a ilha da Sardenha no Mar Mediterrâneo pode ser na verdade, o que resta da Atlântida descrita por Platão. Segundo o filósofo grego,  a ilha mítica estaria além dos chamados “Pilares de Hércules”, considerado como sendo o estreito entre a Sicília e a Tunísia, e não o estreito de Gibraltar, entre Espanha e África, como o termo é comumente interpretado.

As evidência arqueológicas encontradas sugerem que a Sardenha abrigava uma influente civilização marítima e que, por volta de 1200 A.C. um grande maremoto a destruiu. Terremotos e maremotos não parecem ter sido incomuns no Mediterrâneo. Desde 2004  os cientistas identificaram cerca de 350 eventos em um período de 2500 anos. O evento em questão teria sido, inclusive, citado em inscrições mortuárias na tumba de Ramsés III e no Antigo Testamento,  livro de Ezequiel, a respeito do porto sardenho de Tharros: ” Que cidade há como Tiro, que emudeceu no meio do mar? Tu, ó Tiro, que pela exportação das tuas mercadorias por mar encheste de bens a tantos povos: pela multidão de tuas riquezas, e das tuas nações enriqueceste os reis da terra. Agora foste tu quebrada pelo mar, as tuas riquezas estão no fundo das tuas águas, e essa tua multidão de gente, que vivia no meio de ti, toda pereceu. Todos os habitantes das ilhas estão a teu respeito cheios de espanto: e todos os seus reis feridos desta tempestade mudaram de rosto. Os negociantes de todos os povos te deram muitas vaias. Tu foste reduzida a nada, e tu não será jamais restabelecida.”

Muito mais sobre o assunto em

http://www.theguardian.com/science/2015/aug/15/bronze-age-sardinia-archaeology-atlantis

sardinia_position Su-Nuraxi-site-Sardinia--009

 

 

“Escute, pois, Sócrates, esta história…”

Assim o filósofo grego Platão começa sua narrativa, seu famoso diálogo “Timeu”, onde pela primeira vez, Atlântida (ou Atlantis como prefiro) é mencionada. Em seu relato, a ilha de Atlântida aparece como uma poderosa potência marítima a subjugar os demais povos do Mediterrâneo. Atenas, entretanto, resiste bravamente e consegue derrotar os invasores atlantes. Inundações e terremotos se seguem e e Atlântida desaparece sob o oceano. Em um dia e uma noite. Quanto de história haverá na lenda? Atlântida existiu?  Ou foi apenas um recurso narrativo de Platão, um grande inimigo inventado para ressaltar a glória e valor dos atenienses?

É um tema que sempre me fascinou. Civilizações que nascem, se desenvolvem, chegam ao apogeu e eventualmente, morrem. Astecas, maias, incas… Quantas outras podem ter existido sem que nenhum vestígio nos tenha chegado? Quanto ainda resta a ser descoberto?  Intrigante também a saga dos povos sem terra que, em grande parte de sua história lutaram, ou ainda lutam, para manter sua cultura e identidade na condição de exilados. Os roma, palestinos , judeus, curdos, só para citar alguns. Mais trágica ainda a luta de nações indígenas inteiras de nossa América pelo pouco que lhes resta.

Meu interesse nessas questões me fez desenvolver ATLANTE, a webcomic. É minha versão ficcional para a resposta à pergunta “E se o povo atlante ainda existir?”. Fantasia e fato misturados em uma estória de ação e aventura com umas pitadas de mistério e espionagem. As 36 páginas que acabaram de ler são o começo do que espero ser uma longa jornada. Em breve, a saga de Yanin e demais atlantes espalhados pelo mundo continuará. Espero que me sigam nessa viagem!