Perguntaram-me o que achava da foto do Jason Momoa como Aquaman, recentemente divulgada. “Normal”, respondi, “pegaram um Namor quase perfeito e colocaram pra Aquaman”! Paciência. Isso é Hollywood. Quando o assunto é quadrinhos, a preocupação em representar o material original é quase zero.
Pro meu gosto só cinco adaptações de super-heróis se salvam no sentido de fidelidade à fonte, ou seja, os personagens principais são reconhecíveis com o que entendo serem suas características principais conforme as HQs: o Super-Homem de 1978, Batman Begins (2005), o primeiro Homem de Ferro (2008), o Incrível Hulk com Edward Norton (2008) e o Homem-Aranha com Andrew Garfield (2012). De resto, Hollywood tem o hábito de destruir os conceitos originais e com total apoio dos fãs. Apreciadores de Shakespeare repudiariam com veemência ver na tela um Ricardo III atlético e bonito, visto que o personagem é corcunda e feio. Já fãs de quadrinhos aceitam sem restrições um Wolverine alto e galã. Por quê Hollywood se importaria se os próprios leitores não ligam?
Dito isto, estou esperançoso com relação à série do Demolidor a ser exibida pelo Netflix. Pelos trailers, parece respeitar a essência dos personagens. Estou mais interessado no Rei de Vincent D’Onofrio, ótimo ator que impressiona desde que roubou a cena como o recruta Pyle em “Nascido para Matar”.
A ver.