Os Quase Nada

Com frequência passo pelo Blog do Fábio Moon e do Gabriel Bá para checar se tem uma nova tira da série “Quase Nada”. São pequenas situações, diálogos e frases que chamam à reflexão, sempre muito bem ilustradas. Às vezes, me causam só estranheza mas nunca indiferença.  Não sei bem como descrevê-las, mas os exemplos abaixo dizem tudo. Até o momento deste post já são 331 tiras. Eu não perco uma. Mãos à obra!

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Star Wars na China

Há muito tempo atrás, em um continente distante,  foi publicada na China uma adaptação do primeiro filme de “Guerra nas Estrelas”. Não sei que referências o artista teve à disposição na época. Algumas coisas, como a Millenium Falcon, foram claramente inventadas. Certos quadros parecem copiados de fotos que nada tem a ver com “Guerra nas Estrelas” (notem a toureira Leia e o jesuíta Obi-Wan). Talvez ele tenha tido acesso limitado somente a algumas imagens do filme ou a alguma versão do roteiro, a exemplo de seu colega americano Howard Chaykin, que fez a adaptação oficial para a Marvel Comics. De qualquer modo, é um pedaço de história. Muito interessante!

O final da adaptação deixa clara a intenção do filme original. Darth Vader não é pai de Luke, muito menos de Leia. Ele assassinou o pai de Luke, conforme contado por Kenobi e, no fundo, não passa de um terrível  genocida que exterminou milhões ao destruir um planeta inteiro como parte de um interrogatório. Luke e Leia não apenas não são irmãos como ficam juntos no fim. Depois, George Lucas mudou de ideia e a estória virou o que virou.  Personagens dele, direito dele, mas eu ainda prefiro a versão apresentada no filme de 1977.

Segue o link para o site onde descobri essa jóia, com a tradução do chinês para o inglês!

http://www.nickstember.com/chinese-star-wars-comic-part-1-6/

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Nulla dies sina linea

Nulla dies sina linea. Nenhum dia sem uma linha. É um provérbio latino de certa fama. Teria sido inspirado pelo pintor grego Apelles, que viveu no século IV A.C e de quem se dizia ter o hábito de nunca deixar passar um dia sem praticar sua arte. Alguma coisa ele tinha que desenhar. É uma filosofia que tento levar também para meus quadrinhos. Tentar, pelo menos. Desenhar sempre, nem que sejam bonequinhos. Escrever sempre, besteiras que sejam. Vale pra toda e qualquer habilidade. Há que se regar tudo aquilo que queremos ver florescer.  Toda essa lenga-lenga pra lembrá-los que a nova temporada de “ATLANTE” está no forno! Dia 28 de outubro está chegando! E vai ser bem legal!

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El Eternauta

Na minha primeira ida a Buenos Aires comprei na rua uma edição completa de “El Eternauta” (capa abaixo), obra prima do roteirista Héctor G. Oesterheld e do artista Solano López, seguramente umas das melhores HQs de ficção científica que já li. A saga original, que é a que tenho, foi publicada na Argentina entre 1957 e 1959 e teve várias sequências ao longo das décadas seguintes.  Sobre a trama, não digo nada. Melhor descobrir lendo a estória, como aconteceu comigo. O roteiro e diálogos de Oesterheld em conjunto com arte expressiva de López me arrebataram de cara! Cada página era uma nova descoberta ou reviravolta, me senti em um filme de suspense acompanhando as angústias dos personagens frente a algo desconhecido e letal.

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Não precisa ir pra Argentina para ler o gibi, apesar de uma viagem pra lá ser tudo de bom. “El Eternauta” já foi publicado no Brasil em uma edição da editora Martins Fontes. Fãs de futebol vão curtir os momentos eletrizantes da estória que se passam em pleno estádio do River Plate! É ir à caça porque essa HQ vale muito a pena!

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Descoberta gravura de MC Escher

Gravura de inédita do artista holandês MC Escher foi recentemente descoberta. O desenho, datado de 1924, mostra a cidade italiana de Montecelio localizada nas cercanias de Roma.

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A composição já demonstrava o crescente interesse de Escher em arquitetura e geometria o que mais tarde culminaria em seus trabalhos mais famosos de ilusão de ótica. Mais sobre a arte incrível de MC Escher em http://www.mcescher.com/

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